"Um concelho como Oleiros que está no coração, que está no centro da maior mancha de pinho bravo da Europa, é naturalmente um concelho com risco de incêndio, porque tem de facto muita matéria combustível. Não é surpresa para ninguém. Surpresa é de facto o grau eventualmente de alarme que a notícia pode trazer", afirmou Fernando Marques Jorge.

O autarca falava a propósito de um mapa do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, divulgado na terça-feira pela comunicação social, que aponta para 20 concelhos de maior risco de incêndio em Portugal, onde está incluído Oleiros, no distrito de Castelo Branco.

"Fizemos o que ano após ano se tem feito. Temos o sistema de apoio à decisão, vulgarmente designado por videovigilância, instalado na câmara municipal, onde está permanentemente um colaborador nosso a monitorizar, para que em caso de surgir algum sinal informe os bombeiros e as juntas de freguesia para deslocarem meios para o local", explicou.

Fernando Marques Jorge sublinhou ainda que foram realizadas inúmeras campanhas de sensibilização, quer com panfletos, quer em reuniões nas juntas de freguesia e localidades do concelho para alertar as pessoas para os perigos das queimas e dos descuidos.

"Tentámos limpar em volta das aldeias e continuamos a fazê-lo. As máquinas não param. Contratualizámos e vamos continuar, não só até final do mês como esta previsto por lei, mas vamos continuar nos meses seguintes no sentido de diminuir a carga de combustível que existe dentro do concelho, sobretudo à volta das aldeias e das estradas", sustentou.

O autarca realçou ainda que os grandes incêndios que têm afetado Oleiros, sobretudo o de 2003 e o de outubro de 2017, em que arderam 15 mil hectares, não tiveram origem no seu concelho, mas sim em concelhos vizinhos.

"O que estava nas nossas mãos está feito. Estamos também a reequipar as juntas de freguesia com novos ‘kits'. Temos a esperança de ter um verão tranquilo e estamos a fazer tudo para que isso aconteça", concluiu.