O edifício a requalificar foi desocupado há vários anos e, segundo lembrou hoje o presidente da autarquia numa visita ao local, estava avaliado em 310 mil euros, mas foi há duas semanas adquirido à Administração Regional de Saúde do Norte por 232 mil euros, a pagar em dação ao longo dos próximos anos - mediante a execução pela autarquia de serviços como obras de conservação nos atuais centros de saúde locais, jardinagem na envolvente e disponibilização de viatura e motorista para consultas domiciliárias.

"Foram levantadas muitas dúvidas e apresentados muito temores sobre este assunto, mas ele está resolvido e, agora que o edifício é propriedade da autarquia, vamos no início do ano começar a prepará-lo para que, em quatro ou cinco meses, possa receber vários serviços hoje dispersos por diferentes locais da cidade e assim poupar ao Município mais de 100 mil euros por ano em rendas", declara Joaquim Jorge Ferreira.

A despesa com o aluguer de espaços para funcionamento de serviços da autarquia é, aliás, uma das preocupações do presidente da Câmara, que situa o custo global dessas rendas em cerca de 500 mil euros por ano.

Para o antigo centro de saúde não irão ser transferidas todas as valências que vêm motivando essa despesa, mas, entre os serviços a deslocalizar para o referido edifício, três estão já confirmados.

Um deles será o Centro de Línguas de Oliveira de Azeméis, que, por enquanto, ainda está instalado no Centro Comercial Rainha. Embora esse estabelecimento de ensino já não seja propriedade da autarquia, essa apoia a atividade da instituição por considerar que em causa está um serviço de interesse municipal e vem assim custeando a sua renda, que é na ordem dos 45 mil euros anuais.

Outra estrutura a transferir será a dos serviços informáticos e de contencioso da Câmara Municipal, que, segundo Joaquim Jorge Ferreira, estão instalados junto ao antigo Colégio de Oliveira de Azeméis e, embora ocupando apenas anexos, custam ao erário municipal "mais de dois mil euros por mês".

O terceiro serviço já com mudança confirmada é a Loja Ponto JA, vocacionada para atendimento à Juventude e pela qual a Câmara também paga atualmente mais de mil por mês.

Entretanto, a mesma estratégia de contenção nas rendas também prevê a criação de um novo edifício para a própria Câmara Municipal, mas, por enquanto, ainda está a ser desenvolvido o respetivo projeto de arquitetura, sendo que o imóvel irá ficar instalado na Quinta Sequeira Monterrosso, que já há 15 anos é propriedade da autarquia.