Os especialistas da OMS recomendam esta vacina, que requer duas doses com intervalo de duas a quatro semanas, para pessoas com 18 anos de idade ou mais. A Sinovac-CoronaVac é produzida pela empresa com o mesmo nome, sediada em Pequim.

"Hoje, estou feliz por anunciar que a vacina da Sinovac-CoronaVac recebeu a autorização da Organização Mundial da Saúde para a sua utilização depois de verificado que é segura, eficaz e de qualidade após a toma das duas doses", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em conferência de imprensa.

A vacina CoronaVac é utilizada em 22 países e territórios, segundo dados recolhidos pela agência France-Press (AFP). Além da China, está ser utilizada no Brasil, Tunísia, Chile, Indonésia, México, Tailândia e Turquia, entre outros.

Esta é a segunda vacina chinesa a ser aprovada pela OMS — e a partir de agora está disponível para fazer parte do dispositivo internacional COVAX, o sistema de distribuição de vacinas contra a covid-19 que visa principalmente os países mais desfavorecidos.

"O mundo precisa desesperadamente de várias vacinas contra a covid-19 para enfrentar as enormes desigualdades em todo o planeta", declarou Mariangela Simao, vice-diretora-geral da OMS, após a aprovação da vacina.

A 7 de maio, a OMS já tinha aprovado a vacina da Sinopharm, recomendando a sua administração a pessoas com mais de 18 anos. Foi a primeira vacina chinesa a ser aprovada pela OMS e a sexta do conjunto de todas as vacinas contra a covid-19 homologadas pela organização.

A eficácia da CoronaVac para prevenir os casos de covid-19 sintomáticos é de 57%, mas tem uma eficácia de 100% para evitar casos graves e hospitalizações nas populações estudadas. Contudo, não há ainda dados sobre a sua eficácia em maiores de 60 anos.

Este produto, do tipo vacina inativa, "é fácil de armazenar, o que facilita a administração e faz com que esteja especialmente adaptado aos países com poucos recursos", destacou a agência da ONU.