Para a OMS, a epidemia não constitui “atualmente uma urgência de saúde pública de dimensão internacional”.

“O risco de propagação internacional é particularmente grande”, mas existem fortes razões para crer que “esta situação pode ser controlada”, afirmou um membro do Comité de urgência da OMS, durante uma conferência de imprensa que decorreu em Genebra, Suíça.

Um plano de emergência contra o Ébola foi ativado em Mbandaka, no noroeste da RDCongo, anunciou também hoje o ministro da Saúde, durante uma deslocação ao terreno para averiguar como está a ser executado.

“O plano de emergência contra o Ébola foi ativado” e “Mbandaka está sob vigilância sanitária”, disse à agência APF o encarregado de comunicação do Ministério da Saúde, Jessica Ilunga.

O ministro da Saúde, Oly Ilunga, deslocou-se hoje a Mbandaka para apresentar o plano e “assegurar que cada um sabe o que fazer”, adiantou.

“O governo decretou a gratuitidade dos cuidados de saúde porque a barreira financeira não pode, em nenhum caso, constituir um obstáculo ao seu acesso durante um período de epidemia”, declarou o ministro da Saúde durante uma intervenção na televisão pública.

Os habitantes de Mbandaka estão céticos em relação a estes anúncios: “Que tipo de resposta? Várias delegações chegam e partem, mas no terreno não vemos nada”, declarou à AFP o residente Gaston Bongonga.

“Eles foram incapazes de conter o Ébola em Bikoro (epicentro da nova epidemia, a uma centena de quilómetros de Mbandaka) porque não está a ser feito nada de eficaz”, adiantou.

“No mercado de Mbandaka II, onde há viajantes e mercadorias provenientes da região de Bikoro, não existe qualquer controlo sanitário”, afirmou um vendedor deste mercado, Trésor Ntula, ao telefone desde Kinshasa.

“As autoridades ignoram que os movimentos das pessoas também se fazem fora do rio e das vias fluviais?”, questionou.

A nova epidemia do Ébola eclodiu há cerca de um mês numa zona rural do noroeste da RDCongo.

Desde 4 de abril até 17 de maio, segundo a OMS, foram reportados às autoridades locais 45 casos de pessoas supostamente infetadas com Ébola, incluindo três de profissionais de saúde, e 25 mortos. Dos 45 casos reportados às autoridades, 14 estão confirmados, segundo a Organização.

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