Os 121 migrantes continuam a bordo do navio da ONG, ainda em águas internacionais frente à ilha italiana de Lampedusa, sem autorização para desembarcar devido à recusa de Itália em permitir o seu desembarque.
“Mais uma noite a bordo e continuamos sem autorização para desembarcar as 121 pessoas que resgatámos. As suas histórias de vida são devastadoras. Ninguém devia passar por isso. É urgente e prioritário ter um porto seguro”, denunciou a Open Arms na rede social Twitter.
No sábado o autarca de Valência disponibilizou o município para acolher os 121 migrantes, classificando a cidade como uma “cidade de acolhimento, aberta e com um dever ético e humano para com as pessoas que arriscam as suas vidas fugindo do terror, da guerra ou da miséria”.
O autarca Joan Ribó disse ainda que Valência iria pedir autorização ao Governo espanhol para abrir o porto da cidade ao navio da ONG espanhola.
Os 121 migrantes foram resgatados em duas operações distintas no Mediterrâneo, tendo num primeiro resgate sido salvas 55 pessoas, entre as quais dois bebés gémeos e uma mulher grávida, e num segundo, de noite, outras 69 pessoas, entre as quais duas crianças, duas mulheres grávidas e outra já em trabalho de parto.
Muitos mostravam também os “sinais inequívocos” da violência que sofreram na Líbia, de onde saíram, refere a EFE.
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