Liggeri foi diretor da Frontex, a agência da União Europeia encarregada das fronteiras.
As duas organizações não governamentais (ONG), que apresentaram a queixa perante o tribunal judicial de Paris, consideram que a agência da UE responsável pelo controlo das fronteiras desempenhou “um papel essencial na prática de crimes contra a humanidade, no Mediterrâneo”, a rota migratória “mais mortal do mundo”, sob a direção de Leggeri.
“Para afirmar o papel policial da agência, o diretor escolheu, então, uma política destinada a dificultar, custe o que custar, nomeadamente vidas humanas, a entrada de migrantes na UE”, afirmaram.
As duas ONG acusam Leggeri, diretor da Frontex de 2015 a 2022, de ter “permitido a perpetuação de factos criminosos”, de que tinha conhecimento.
Questionado pelo jornal Le Monde, o número três da lista do partido de Marine Le Pen (RN), declinou as acusações, classificando-as como “alegações incorretas”, com o objetivo de desacreditar a lista a que pertence.
Face às acusações, o RN rapidamente expressou apoio ao candidato às eleições de 09 de junho.
“As associações de extrema esquerda, partidárias da submissão migratória e cúmplices dos passadores, querem reduzir ao silêncio os que defendem o princípio do controlo das fronteiras”, escreveu Marine Le Pen na rede social X.
“O seu único ´crime´ é recusar a submersão migratória do continente europeu”, denunciou, por seu lado, o cabeça de lista do RN, Jordan Bardella.
Comentários