“Com demasiada frequência, os traficantes de seres humanos atuam com impunidade e os seus delitos não recebem atenção suficiente. Isto não pode continuar assim”, afirmou.
Guterres defendeu a adoção de medidas para que os traficantes sejam julgados e para que as vítimas recebam apoio e proteção.
O secretário-geral das Nações Unidas destacou a propósito as medidas contra o tráfico aprovadas no Pacto Global para a Migração, acordo fechado este mês que será oficialmente aprovado em dezembro.
Segundo Guterres, os países membros da ONU demonstraram neste pacto “determinação para prevenir, combater e erradicar o tráfico de pessoas” no âmbito migratório.
António Guterres frisou ainda que o tráfico de pessoas assume muitas formas distintas e “não conhece fronteiras”, embora seja claro que as crianças e os jovens e os migrantes e os refugiados estão especialmente expostos a este fenómeno.
“O tráfico é um crime vil que se alimenta das desigualdades, da instabilidade e do conflito”, afirmou, acrescentando que os traficantes aproveitam o desespero das suas vítimas e “roubam-lhes os seus direitos fundamentais”.
Segundo a ONU, entre 2012 e 2014 foram detetadas 63,2 mil vítimas de tráfico de pessoas em 106 países e territórios.
Mais de dois terços das vítimas (71%) são mulheres e meninas, frequentemente destinadas à exploração sexual, embora a proporção de homens tenha subido nos últimos anos, com muitos a serem traficados para trabalhos forçados.
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