As alterações climáticas têm provocado mais ondas mortais de calor, mais furacões, inundações e secas, que têm sido mais frequentes e intensas nos últimos anos.
Segundo dados divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), à margem das negociações da ONU sobre o clima, que decorrem em Marraquexe, a pegada ecológica dos seres humanos é cada vez mais visível nos fenómenos climáticos.
A última meia década foi o período de cinco anos mais quente desde que há registos, com 2014 e 2015 a serem os mais quentes de todos os anos. Segundo a OMM, organização do universo das Nações Unidas, 2016 pode mesmo bater 2014 e 2015.
A mudança climática "tem aumentado os riscos de eventos extremos, tais como ondas de calor, secas, chuvas e inundações prejudiciais", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, citado pelas agências France Presse e AP.
Cerca de 300 mil pessoas morreram em catástrofes estimuladas pelos fenómenos climáticos, durante o período 2011-2015.
A grande maioria do excesso de mortalidade - a atribuída ao impacto adicional da mudança climática - ocorreu durante a 2010-2012, nas secas da África Oriental.
O furacão Haiyan nas Filipinas, em 2013, e as ondas de calor na Índia e no Paquistão, em 2015, foram outros dos fenómenos que mais contribuíram para a mortalidade provocada por fenómenos extremos.
De acordo com o relatório divulgado em Marraquexe, a cobertura de gelo do Ártico, no verão, esteve 28% abaixo da média de 1981-2010, alcançando o nível mais baixo em 2012. Pelo contrário, o gelo no mar Antártico ficou acima da média, especialmente no inverno.
Também a superfície de gelo derretido na Gronelândia – que contribui para a elevação do nível do mar –, no período de 2011 a 2015, continuou em valores acima da média, registados todos os cinco anos, de 1981 a 2010.
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