Integrando ainda Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, os 11 países americanos afirmam dúvidas sobre a “alegada verificação dos resultados do processo eleitoral de 28 de julho, emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e que procura validar os resultados não fundamentados emitidos pelo órgão eleitoral”.
Em comunicado conjunto divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chileno, os países recordam o seu desconhecimento acerca da “validade da declaração do CNE”, por ter sido negado acesso aos representantes da oposição à contagem oficial.
Também não foram publicadas as atas e foi recusada uma auditoria “imparcial e independente”, adiantam.
Na posição conjunta é reiterada a defesa de uma “auditoria imparcial e independente” dos votos e a necessidade de “respeito pela expressão soberana do povo venezuelano, que se exprimiu pacífica e energicamente a 28 de julho”.
Também foi manifestada “profunda preocupação” com as violações dos direitos humanos que estão a ser perpetradas na Venezuela contra cidadãos que exigem “pacificamente” o “respeito pelo voto dos cidadãos” e o “restabelecimento da democracia”.
Na quinta-feira, o TSJ, controlado pelos chavistas, declarou Maduro vencedor das eleições presidenciais e instou a Procuradoria-Geral da República a investigar possíveis crimes cometidos pelos líderes da oposição, que divulgaram documentos para contrariar as estatísticas oficiais e provar a alegada vitória do candidato da oposição González Urrutia.
Entretanto, o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, voltou a evitar reconhecer hoje a reeleição de Maduro, insistindo que as atas eleitorais devem ser divulgadas.
“Vamos esperar que as atas sejam divulgadas porque ontem (quinta-feira) o Tribunal Eleitoral da Venezuela mantém que o Presidente Maduro ganhou as eleições e, ao mesmo tempo, recomenda que as atas sejam divulgadas, penso que há uma data para a resolução, por isso vamos esperar”, afirmou.
Questionado pela imprensa sobre a tomada de posição dos 11 países, López Obrador respondeu respeitar decisões tomadas e afirmou haver um “novelo” de desqualificações e condenações ao governo venezuelano.
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