O banqueiro luso-angolano informou na semana passada o tribunal de que estava disponível para depor, mas via Skype, a partir da sua casa em Angola.
Carlos Silva explicou que a Procuradoria geral da República de Angola não tinha condições logísticas para que o depoimento fosse feito por videoconferência.
O presidente do BPA e administrador não executivo do BCP foi indicado por arguidos no processo Operação Fizz como tendo sido o responsável pela contratação do ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) Orlando Figueira para trabalhar na banca privada.
Carla Marinho, advogada de Orlando Figueira, já defendeu publicamente que Carlos Silva devia ser interrogado presencialmente pelo tribunal que julga o processo Operação Fizz.
Este processo, relacionado com corrupção e branqueamento de capitais, envolve o antigo presidente da Sonangol e ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente que, num processo entretanto separado da operação Fizz, é acusado de ter pago ao ex-procurador Orlando Figueira 760 mil euros para que este arquivasse inquéritos do DCIAP em que era visado, designadamente na aquisição de um imóvel de luxo no edifício Estoril-Sol.
Além de Orlando Figueira, estão em julgamento no processo Operação Fizz o advogado Paulo Blanco (mandatário do Estado angolano em diversos processos judicias) e Armindo Pires, amigo de longa data e homem de confiança de Manuel Vicente em Portugal.
Entretanto, a sessão de julgamento de hoje de manhã foi cumprida com a inquirição do administrador do BPA Vitor Barosa, que aprovou um empréstimo de 130 mil euros do ex-procurador e arguido Orlando Figueira, prevendo-se que à tarde seja ouvido André Navarro, presidente da comissão executiva do BPA.
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