António Costa respondia a uma questão sobre a Operação Marquês, após ter estado reunido com o coordenador da Comissão Técnica Independente que investigou os incêndios na região Centro, João Guerreiro, que causaou 64 mortos.
Confrontado com o facto de o ex-primeiro-ministro José Sócrates ter sido acusado de 31 crimes, no âmbito da Operação Marquês, António Costa afirmou: "Como tenho dito, à justiça o que é da justiça e à política o que é da política".
"Houve uma fase do processo que está concluída, a fase de inquérito. Agora cabe à defesa falar, apresentar a sua versão da verdade, requerer ou não instrução, seguir ou não para julgamento", disse.
O primeiro-ministro apenas acrescentou depois que o processo seguirá os seus termos.
"E eu continuarei sem comentar, como é próprio de um primeiro-ministro, que não deve comentar o que vai acontecendo nos diferentes domínios judiciais", vincou António Costa.
O Ministério Público acusou na quarta-feira José Sócrates pela prática de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada, no âmbito da ‘Operação Marquês’.
Uma nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República na quarta-feira indicou que foi deduzida acusação contra 28 arguidos e que o ex-primeiro ministro está acusado de 31 crimes económicos.
[Artigo atualizado às 17:37]
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