O advogado de José Sócrates, Pedro Delile, tinha pedido na quarta-feira o adiamento do interrogatório, mas foi recusado.

O interrogatório foi pedido pelo Ministério Público, com o procurador Vítor Pinto a considerar a medida necessária perante a divulgação de viagens de José Sócrates ao Brasil por um período superior a cinco dias, quando lhe foi aplicado a medida de coação de Termo de Identidade e Residência no processo Operação Marquês.

O TIR prevê que um arguido saiba da obrigação de não mudar de residência nem se ausentar por mais de cinco dias sem comunicar essa situação ao tribunal.

José Sócrates foi acusado no processo Operação Marquês pelo MP, em 2017, de 31 crimes como corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 09 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibá-lo de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.