"Não há mais nada a acrescentar relativamente aquilo que já sabem. Está-se a trabalhar com a preocupação de o despacho final sair o mais rapidamente possível. Continuamos à espera das cartas rogatórias, mas esperamos que elas sejam devolvidas em breve", afirmou Joana Marques Vidal em Castelo Branco, onde presidiu ao encerramento do seminário Internacional Sobre Violência Doméstica, organizado pelo Comando Territorial da GNR.
Em finais de abril o prazo para o encerramento do inquérito da Operação Marquês, em que é arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, foi prorrogado por três meses a partir da data da junção ao processo da última carta rogatória a ser devolvida, o que torna o prazo para o fim da investigação dependente do tempo de resposta de Angola e Suíça aos pedidos de colaboração judiciária.
José Sócrates está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, num processo que investiga crimes económico-financeiros e que tem 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas.
Entre os arguidos estão Armando Vara, ex-administrador da CGD e antigo ministro socialista, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, João Perna, antigo motorista de Sócrates, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos administradores da PT, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia.
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