“Eu não informei porque não estava informado, portanto isso é um tema que será de ser tratado, mas num sítio próprio que é em território nacional”, revelou António Costa aos jornalistas, depois de um almoço com o vencedor das eleições na Alemanha e atual vice-chanceler Olaf Scholz.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu na terça-feira, na cidade de Praia, em Cabo Verde, não ter sido informado antes, pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, do suposto envolvimento de militares no contrabando de diamantes a partir da República Centro Africana.

“O Presidente da República terá que dizer qual é a avaliação que tem de fazer sobre a matéria (…) a única coisa que eu posso confirmar é que eu também não informei o senhor Presidente da República pelo simples facto que eu também não estava informado”, adiantou o António Costa.
A Polícia Judiciária (PJ) confirmou em 08 de novembro a execução de 100 mandados de busca e 10 detenções, incluindo de militares e ex-militares, no âmbito da Operação Miríade, na sequência de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais e que “se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas”.

Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) revelou que alguns militares e portugueses em missões na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios” no tráfego de diamantes, adiantando que o caso foi reportado em dezembro de 2019.

O primeiro-ministro, António Costa, terá ainda um encontro esta tarde com a chanceler cessante Angela Merkel.

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