A polícia catalã confirmou a identidade do homem abatido em Subirats. Trata-se de Younes Abouyaaqoub, o marroquino apontado pelas autoridades catalãs como o autor material do ataque nas Ramblas, em Barcelona, na quinta-feira.

A polícia catalã informou inicialmente no Twitter da ocorrência de uma "operação policial em marcha" em Subirats, um município da comarca de Alt Penedés, que dista cerca de uma hora de Barcelona.

A polícia recebeu um aviso de uma presença suspeita em Subirats, o que ativou o dispositivo policial.

A pessoa suspeita em Subirats, usava o que aparentava ser um cinto de explosivos, informaram os Mossos d'Esquadra. A TEDAX, brigada de minas e armadilhas, utilizou um robô para averiguar se o cinto de explosivos era verdadeiro.

Younes Abouyaaqoub, identificado pela polícia catalã, os Mossos d'Esquadra, como o motorista da carrinha que na passada quinta-feira, 17 de agosto, atropelou dezenas de pessoas em Barcelona, e estava a ser procurado em toda a Europa, mediante alerta emitido pelo governo regional da Catalunha. Segundo um tweet da polícia regional da Catalunha, Abouyaaqoub, um jovem marroquino de 22 anos, era "perigoso" e estava armado.

O motorista da carrinha que entrou na movimentada avenida de Las Ramblas em alta velocidade e atropelou várias pessoas ao longo de 500 metros fugiu após o ataque e permanece em parte incerta.

De acordo com as imagens divulgadas nesta segunda-feira pelo jornal El País, Abouyaaqoub escapou ao atravessar o popular mercado de La Boquería, usando óculos escuros. Depois atravessou grande parte de Barcelona a pé, até à saída sul da cidade. As autoridades investigam se foi ele que, neste ponto, sequestrou um Ford Focus que foi encontrado abandonado depois de escapar de um controle policial e com o seu proprietário, Pau Pérez, morto por esfaqueamento no interior do veículo. Com a morte de Pérez, subiu para 15 as vítimas dos atentados de quinta-feira na Espanha, todas elas identificadas, segundo as autoridades.

Abouyaaqoub morava em Ripoll, 100 quilómetros ao norte de Barcelona, uma localidade próxima de Pirineus de onde era originária a maioria dos suspeitos e onde foram realizadas mais operações nesta segunda-feira.

Os investigadores identificaram Abouyaaqoub como o condutor do veículo que matou 13 pessoas e feriu mais de uma centena nas Ramblas, na quinta-feira.

A polícia referiu que a célula terrorista poderá estar agora desativada se for confirmado que o imã de Ripoll, considerado o cérebro do grupo, morreu na explosão que ocorreu em Alcanar.

As forças de segurança espanholas encontraram hoje a carrinha do imã de Ripoll, Abdelbaki Es Satty, a 15 quilómetros de Alcanar, localidade onde se situa a casa que explodiu na véspera do atentado em Barcelona.

Fontes da luta antiterrorista disseram à agência noticiosa espanhola EFE que a carrinha foi encontrada na localidade costeira de Sant Carles de la Ràpita.

A localização da carinha reforça a tese de que o imã é uma das pessoas mortas na explosão na casa, que servia de base de operações da célula terrorista dos atentados na Catalunha, que causaram 15 mortos e mais de 100 feridos e foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A casa que explodiu serviria de base de operações da célula, que prepararia há cerca de seis meses um ou mais atentados na Catalunha. A polícia encontrou na vivenda em Alcanar, a 200 quilómetros a sudoeste de Barcelona, 120 botijas de gás.

Teria sido a explosão na quarta-feira a levar os terroristas a optarem pelo atropelamento em massa na Rambla, a mais movimentada avenida de Barcelona, na quinta-feira, a que se seguiu o incidente em Cambrils já na madrugada de sexta-feira.

[Notícia atualizada às 17h40]