O líder do governo de Manipur, Nongthombam Biren Singh, disse no domingo que alguns militantes foram detidos: “Estamos a tentar encontrar os culpados, os militantes que estão a atacar civis”.
O governante insistiu que os confrontos ocorreram entre “desordeiros armados e forças de segurança, não entre comunidades”, pelo que pediu à população de Manipur “que mantenha a calma e permaneça unida”.
O chefe do exército da Índia, o general Manoj Pandey, chegou à capital de Manipur, Imphal, no sábado para tentar implementar uma estratégia para pôr um fim à violência, avançou o jornal New Indian Express.
Cerca de 23 mil pessoas fugiram da violência étnica que abalou o estado indiano a 03 de maio e fez, pelo menos, 54 mortos, após uma marcha de protesto organizada por um grupo tribal ter levado a confrontos, nos quais automóveis e casas foram incendiados.
O exército mobilizou milhares de soldados em Manipur, estado fronteiriço com Myanmar (antiga Birmânia), e deu ordem para disparar indiscriminadamente em “casos extremos”. Toques de recolher foram impostos e a internet foi cortada.
Vários grupos tribais estão insatisfeitos com a perspetiva de ver a comunidade Meitei, maioritária no estado, reconhecida como “tribo classificada”, uma designação que lhes daria acesso a uma cota de empregos públicos e vagas no Estado.
O nordeste da Índia tem visto décadas de turbulência entre grupos étnicos e separatistas que procuram maior autonomia e até secessão.
Pelo menos 50 mil pessoas foram mortas em Manipur desde a década de 1950. Os conflitos diminuíram ao longo dos anos, com muitos grupos a fazerem acordos com Nova Deli para obterem mais poder.
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