Em declarações à Lusa, o dirigente do Sindicato em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), afeto à CGTP, Orlando Gonçalves, referiu que 230 trabalhadores excluídos daquele acordo estão a caminho de Lisboa para se manifestarem frente ao Ministério da Saúde.

Sem adiantar números, o sindicalista assegurou que a adesão à greve "está a ser muito significativa".

Os trabalhadores do Hospital de Braga exigem ser incluídos no acordo de 20 de setembro, que prevê as carreiras e que foi aplicado a todos os hospitais do SNS, para assim "acabar com as enormes desigualdades e discriminação" existentes, quer a nível salarial, quer a nível de horário semanal de trabalho.

"Isto provoca que em todos os hospitais EPE os assistentes operacionais fazem 35 horas e ganham 635 euros. Aqui, em Braga, ou fazem 35 horas e ganham 519 euros de salário base ou fazem 40 e ganham 600 euros", exemplificou.

Contactado pela Lusa, o Hospital de Braga respondeu, em comunicado, que, "no seguimento das reuniões tidas com o Sindicato, comprometeu-se, durante o mês de novembro, a aplicar o estabelecido no Decreto-Lei n.º 29/2019, ou seja, aplicar o valor da remuneração base praticada na Administração Pública".

A administração garante ainda que "tem feito todos os esforços e continua a manter um contacto permanente com a tutela de forma a avaliar uma aproximação às reivindicações dos trabalhadores".

O "enorme esforço por parte da administração" do Hospital e a "abertura ao diálogo" é reconhecida pelo sindicalista, que aponta culpas ao Governo.

"Temos que ser justos, e a administração fez tudo o que podia, mas perante a hesitação do Ministério da Saúde em se comprometer resolvemos manter a greve e a manifestação", disse.

O Hospital de Braga funcionava em regime de Parceria Publico Privada até dia 01 de setembro, tendo passado para a alçada do SNS nessa data, funcionando como Entidade Pública Empresarial (EPE).