A proposta apresentada pelo executivo liderado pelo socialista Manuel Machado, que governa em minoria com cinco eleitos, previa a incorporação do saldo de gerência de cerca de 36 milhões de euros nas contas municipais.
"Há investimentos e deliberações, como a redução dos passes sociais, que ficam a aguardar. O saldo de gerência, que é um valor significativo, muito preciso para obras, fica parado até isto estar resolvido", disse à agência Lusa.
Manuel Machado referiu que o chumbo "vai atrasar operações que estavam planeadas”.
“Mas (…) esse atraso, apesar de tudo, é menos ruim do que estarmos aqui a discutir um superavit negativo que podia levar ao recurso forçado ao Fundo de Apoio Municipal", informou.
O documento foi chumbado com seis votos contra das três forças políticas com assento na câmara: três da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM), dois do movimento Somos Coimbra (2) e um da CDU.
"[A revisão] não espelha as nossas propostas e projetos já apresentados e as recomendações expressas na Assembleia Municipal", justificou o vereador social-democrata Paulo Leitão.
Já o movimento Somos Coimbra, liderado pelo antigo bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva, disse que o voto contra se deve à falta de "diálogo com a oposição".
"Fomos claros na exigência de que em sede de revisão orçamental com o saldo de gerência, em abril, se corrigissem distorções das GOP [Grandes Opções do Plano] e de que, até lá, fossem dados sinais inequívocos de concretização das propostas que não acarretam tradução ou impacto orçamental", o que não aconteceu, justificou Francisco Queirós, da CDU.
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