Na reunião do executivo desta manhã, os vereadores do PS, PSD e CDU lamentaram que o nome do pavilhão seja agora "Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota", reiterando a posição que tinham assumido em novembro do ano passado, aquando da aprovação da proposta de acrescentar ao nome Pavilhão Rosa Mota a designação daquela marca de cervejas.

A TSF noticiou hoje que, numa carta dirigida à Câmara do Porto, Rosa Mota diz sentir-se enganada e alega que o seu nome foi subalternizado para ser dado destaque a uma marca de bebidas alcoólicas, uma vez que o espaço vai passar a chamar-se "Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, tendo, por isso, decidido não comparecer à cerimónia de reabertura do espaço.

No período antes da ordem do dia, o vereador do PS Manuel Pizarro defendeu que a Câmara do Porto tinha "a faca e o queijo na mão" quanto a autorizar ou não o acréscimo do nome e "decidiu passar essa faca e o queijo para o lado do promotor".

"Espero que a câmara tenha reservado autoridade suficiente para mediar este conflito (…). Não é uma solução boa. O presidente tem todas as condições para o resolver, desde que tenha vontade política", disse, sublinhando que, tal como Rosa Mota, também os vereadores do PS não vão comparecer à reabertura daquele pavilhão, marcada para esta tarde.

Também a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, disse estar solidária com a posição assumida pela atleta, considerando que "o que lá está é uma usurpação do nome", motivo pelo qual, entre outros, também não se fará representar na cerimónia.

"Acho que não se deve aceitar. Exijam aos promotores que façam esta diferença [alteração do nome de Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota para Pavilhão Rosa Mota - Super Bock Arena", afirmou.

Também o vereador do PSD, Álvaro Almeida, considerou que é necessário exigir que seja respeitada uma decisão tomada no seio do executivo municipal, que aprovou um acrescento à designação e não a alteração do nome.

Para o vereador, a autarquia devia exigir que a designação do espaço fosse "Pavilhão Rosa Mota - Super Bock Arena" e exigir que o nome tivesse o mesmo tratamento (tamanho).

Aos vereadores, o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, referiu que considera que o "incómodo" existente é com o logótipo", sublinhando que a autarquia não tem meios nem recursos para se opor.

Apesar de o logótipo ter começado a ser conhecido em março, só na quinta-feira, sublinhou Moreira, é que esta questão foi levantada, aquando de uma reunião que manteve com a atleta Rosa Mota e o seu marido.

O presidente referiu que a atleta manteve reuniões com a Super Bock, as quais a autarquia foi alheia, uma vez que o contrato que existe é com o concessionário.

O independente sublinhou que a proposta do nome fazia parte do caderno de encargos, pelo que era legítimo ao concessionário propor a sua alteração.

Lembrou ainda que o primeiro nome proposto foi recusado porque fazia desaparecer o nome "Pavilhão Rosa Mota".

Segundo avança a TSF, Rosa Mota não aceita que pavilhão com o seu nome esteja associado a uma marca de cervejas e, como forma de protesto, decidiu não marcar presença na cerimónia de reabertura do espaço.

A Lusa tentou contactar a atleta, mas tal não foi possível até ao momento.

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