Morawiecki, na qualidade de primeiro-ministro designado para formar governo, convidou os líderes do A Esquerda e Terceira Via, oposição, para, em reuniões separadas, discutir um possível acordo, apesar de ambas as formações já terem manifestado apoio a Tusk.

Na carta enviada por Morawiecki e partilhada pelo líder parlamentar do A Esquerda, Krzystof Gawkowski, é sublinhado que o objetivo da reunião era o de promover uma “coligação para os assuntos polacos”, cujo objetivo seria implementar as promessas eleitorais de cada partido.

“Em nome de A Esquerda, gostaria de informar que não vamos a lado nenhum [com Morawiecki]”, disse Gawkowski nas redes sociais, enquanto a coligação Confederação da Liberdade e Independência (KON) também rejeitou o convite, argumentando que o primeiro-ministro não é “fiável”.

Morawiecki venceu as últimas eleições parlamentares polacas, realizadas a 15 de novembro, com 35,3% dos votos e 194 deputados. No entanto, a adesão dos partidos da oposição à Plataforma Cívica de Tusk (30% dos votos e 157 deputados) poderá impedir um novo mandato do primeiro-ministro.

Tusk, juntamente com a Terceira Via (14,1% dos votos e 35 deputados) e A Esquerda (8,6% e 26 lugares), teria os 231 assentos necessários para se tornar primeiro-ministro, uma tarefa que o Presidente polaco, Andrzej Duda, confiou a Morawiecki, que está a trabalhar na difícil tarefa de reunir apoios.