“Esta é uma questão que transcende a política. [Dominic Cummings] uniu pessoas de todos os partidos e correntes políticas, que acreditam firmemente que agora é sua responsabilidade enquanto primeiro-ministro restaurar clareza e confiança nas mensagens de saúde pública”, escrevem os líderes parlamentares do Partido Trabalhista, Liberais Democratas, os nacionalistas escoceses do SNP e do País de Gales Plaid Cymru e os deputados dos Verdes e do Aliança, da Irlanda do Norte.

Segundo a carta, também enviada ao diretor geral de Saúde, Chris Witty, “é claro que isso só pode ser conseguido agora com a remoção de Dominic Cummings do seu cargo sem mais demoras”.

Na sequência de notícias na sexta-feira pelos jornais The Guardian e Daily Mirror, o assessor do primeiro-ministro, Dominic Cummings, admitiu ter conduziu um automóvel mais de 400 quilómetros até Durham, no norte de Inglaterra, no final de março, apesar de a mulher já apresentar sintomas.

Cummings alegou que queria estar perto de membros da família para que pudessem tomar do filho de quatro anos se ele e a mulher ficarem incapacitados, mas na altura as ordens do governo eram que pessoas com sintomas e o respetivo agregado deveriam permanecer isolados em casa.

Boris Johnson considerou “responsável, legal e com integridade” a forma como o ‘assessor especial’ agiu, mas esta manhã, o subsecretário da Escócia, Douglas Ross, apresentou a demissão por discordar.

Segundo o portal da Internet ConservativeHome, cerca de 30 deputados do partido Conservador também já se manifestaram publicamente a favor da demissão, mas o governo continua a defender Cummings e hoje o ministro do Conselho de Ministros, Michael Gove, reiterou na BBC que o assessor “não infringiu diretrizes”.

O regime de confinamento decretado em 23 de março foi aliviado a 13 de maio, com a autorização de maior atividade ao ar livre, incluindo alguns desportos, mas mantêm-se limites à interação entre pessoas de diferentes agregados e a necessidade de continuar a respeitar o distanciamento de dois metros.

O Reino Unido registou até hoje 37.048 mortes durante a pandemia covid-19, o segundo número mais alto, a seguir aos EUA.

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