“Abre-se uma possibilidade de que a ONU envie uma comissão de avaliação, para recomendar quais devem ser as condições eleitorais e isso sim agrada-nos, porque é distinto que a ONU venha avaliar e propor de que a ONU venha observar umas eleições que são um simulacro eleitoral”, disse o presidente da Comissão de Política Exterior do parlamento venezuelano.

Luís Florido falava no Centro Comercial La Villa, em Montalbán (oeste de Caracas) durante uma assembleia de cidadãos promovida pela Frente Ampla Venezuela Livre.

Por outro lado disse que a oposição quer que a ONU redija um relatório, “que diga o que todos sabemos, que não podem haver eleições justas com partidos ‘inabilitados’ (impedidos juridicamente)”.

Segundo aquele responsável a ONU pode certificar também que não pode haver eleições com quatro árbitros do Governo e um da oposição na direção do Conselho Nacional Eleitoral, organismo que disse ser dirigido pelo Executivo.

“Esperamos que a ONU ouça a (Frente Ampla Venezuela Livre) FAVL e que saiba que queremos participar em eleições justas, porque sabemos que se nos garantem condições, haverá um novo Presidente em Miraflores (palácio presidencial)”, disse.

A recém-criada Frente Ampla Venezuela Livre (FAVL) realizou hoje assembleias de cidadãos em várias regiões do país, mas principalmente na Área Metropolitana de Caracas, contra a antecipação das eleições presidenciais.

Nas assembleias participaram dirigentes que se afastaram do regime, representantes dos setores estudantis, socioprofissionais, sindicais, jornalistas e de partidos políticos.

A oposição pretende ainda usar as assembleias para organizar núcleos nos bairros populares, para exercer pressão local até conseguir uma mudança política no país.

As eleições presidenciais antecipadas estão marcadas para o próximo dia 20 de maio.