A proposta resulta de uma reunião extraordinária entre o bastonário, Miguel Guimarães, e o Gabinete de Crise para a covid-19 da Ordem dos Médicos, em que se sublinhou também a necessidade de mais dados por concelhos.
Em comunicado, a ordem aponta a possibilidade de “antever a necessidade de confinamentos seletivos por NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais) a nível regional durante, no mínimo, duas a três semanas, privilegiando a manutenção da atividade, ajustada ao nível de risco, dos setores primários e secundários, do comércio de bens essenciais, das creches e do ensino pré-escolar e primário”.
Além desta sugestão, os médicos pedem mais dados sobre a situação epidemiológica, justificando que “informação atualizada de qualidade, transparente, coerente e uniforme, indispensável à mobilização e envolvimento da população” é essencial para o reforço das estratégias de combate à pandemia.
Concretamente, é solicitada a divulgação de dados sobre a incidência a 14 dias dos novos casos por 100 mil habitantes em todos os concelhos.
“Os atuais concelhos em estado de emergência apresentam uma grande variação dos indicadores epidemiológicos”, justificam, afirmando que estes dados detalhados permitiriam intervir localmente de forma antecipada.
Por outro lado, a Ordem dos Médicos pede também um esclarecimento sobre a discrepância de valores da capacidade total do Serviço Nacional de Saúde a nível de internamento em enfermaria e em cuidados intensivos, e sublinham a necessidade de garantir os meios necessários às medidas de prevenção e controlo da pandemia.
Além das medidas propostas, é feito um apelo à responsabilidade individual e coletiva, a única forma de “achatar a 2ª onda e minimizar o impacto desta avassaladora crise sanitária”.
A mensagem da Ordem dos Médicos surge no mesmo dia em que o Conselho de Ministros se reúne para reavaliar lista dos municípios de risco em contexto de pandemia.
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