Alguns vídeos divulgados nas redes sociais — e transmitidos também pela estação televisiva Martí Notícias, com sede nos Estados Unidos – mostram agentes das forças de segurança a atacar e a deter manifestantes que entoavam palavras de ordem a favor da liberdade.

“As forças violentas de Miguel Díaz-Canel (Presidente de Cuba) fazem a única coisa que sabem: reprimir o povo e violar direitos humanos”, comentou a organização Amnistia Internacional.

“Há cinco pessoas detidas”, disse o ativista e jornalista Yeri Curbelo, que conseguiu falar com as famílias dos detidos.

Curbelo diz que os manifestantes foram confrontados por agentes dos Boinas Pretas (as forças de elite do Exército cubano) e pelos Boinas Vermelhas (tropas de prevenção do Exército).

Pouco depois da intervenção policial, o acesso à Internet foi cortado, na região de Caimanera, província de Guantánamo.

“Mais uma vez, a Internet foi cortada. Os cubanos não aguentam mais. Pedem e merecem liberdade e direitos”, disse o porta-voz da organização Human Rights Watch, Juan Pappier.

“Os militares espancaram mulheres e homens que protestavam pacificamente em Caimanera, Guantánamo, enquanto a Internet foi cortada”, denunciou também a ativista Carolina Barrero, na rede social Twitter.