Além de "dar voz a mulheres motoristas, dirigentes, administrativas, operadoras de central, esposas, mães e filhas de motoristas de táxi", o movimento, criado há cerca de um mês, quer lutar "pela defesa do posto de trabalho, não só delas, como dos maridos", afirmou numa referência à possível legalização das plataformas 'online' de serviços de transporte de passageiros, Uber e Cabify.

Andreia Barrios, uma das organizadoras, acrescentou que esta iniciativa pretende também promover o protesto de taxistas marcado para 10 de outubro. "Estamos prontos para lutar", sublinhou, antes de um jantar que contou com a presença da presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, deputadas municipais (PCP e CDS-PP) e da Assembleia da República (PCP e Verdes).

"Apresentámos a ideia deste movimento às duas associações do setor [ANTRAL-Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e Federação Portuguesa do Táxi] que acharam importantíssimo dar voz às mulheres", referiu Andreia Barrios.

A organizadora do movimento defendeu ser "impensável existirem novas regras para estas plataformas". "Não acabem com os nossos direitos, foram 20 anos de luta pela regulamentação do setor, os outros têm que seguir as nossas regras", defendeu.

Na sua intervenção, Carla Cruz, deputada do PCP em representação do grupo parlamentar, afirmou que "ao fim de dois anos de impunidade, muda-se a lei para que passe a ser legal o que é ilegal", referindo-se a notícias publicadas na segunda-feira de que o Governo vai regulamentar a atividade de plataformas eletrónicas como a Uber.

O processo de liberalização do táxi danifica o tecido económico, a receita pública, os trabalhadores e as populações, "que são sempre prejudicadas quando os governos decidem a favor da liberalização", declarou. "O setor do táxi luta pela sobrevivência, mas também pela soberania nacional", disse Carla Cruz.

Helena Roseta, cuja intervenção encerrou o encontro, considerou que "o táxi é um serviço público e deve ser defendido, apoiado e respeitado". A Assembleia Municipal de Lisboa vai "concertar esforços para que este setor seja respeitado como serviço público, contra a concorrência desleal e a ilegalidade".

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