Nas intervenções que decorrem na tarde do segundo dia do 40.º Congresso Nacional do PSD, Carlos Reis, militante do PSD de Lisboa, quis “dar uma palavra de justiça” a Pedro Passos Coelho, que “merece do país um ato de gratidão, um ato de reconhecimento”.

“Um dos principais erros do PSD dos últimos quatro anos foi ter tido timidez na defesa do seu legado. Pedro Passos Coelho merece de Portugal finalmente o seu reconhecimento”, defendeu, provocando a maior ovação no pavilhão Rosa Mota, no Porto, com os congressistas de pé a gritarem “PSD, PSD, PSD”.

Antes, do púlpito, a vereadora da Câmara de Lisboa Filipa Roseta defendeu que o PSD é o único espaço político que assume a “dupla missão” de defender os mais fracos e defender a liberdade, avisando que “a maior ameaça política na sociedade é a pobreza”.

A antiga deputada pediu ao presidente eleito, Luís Montenegro, que assuma como “grande bandeira do PSD” a erradicação da pobreza, e apesar de lhe poderem dizer que “é louco”, aconselhou-o a recordar que Cavaco Silva, em 1993, também assinou um decreto a dizer que as barracas iam ser erradicadas.

O também ex-deputado Cristóvão Norte considerou que a responsabilidade dos resultados do PSD é do próprio partido porque se tem revelado incapaz de responder aos jovens ou à classe média.

Cristóvão Norte lamentou que o PSD tenha perdido “a capacidade de falar aos portugueses”.

“Quero dizer ao Luís [Montenegro]: eu não invejo a tarefa hercúlea que o Luís tem pela frente. Agora o que eu invejo ao Luís é o seu espírito de sacrifício”, elogiou.

Já José Miguel Ramos afirmou que o partido não pode continuar com as guerras internas que tem tido, considerando que perante o “partido xenófobo e racista” que acusa o Chega de ser o PSD só tem um caminho possível que “é dizer não”, deixando claro que os sociais-democratas não são também não são os liberais.