“Não é uma questão de me tornar francês. Se bem entendi, já o sou. A minha mãe nasceu em França, a sua mãe era francesa e o seu avô era francês. Para mim é uma questão de recuperar o que já sou e é por isso que estou feliz”, disse Stanley Johnson à estação de rádio francesa RTL.
O escritor e antigo deputado conservador disse numa declaração em francês que “será sempre” europeu.
“Não podemos dizer ao inglês: você não é europeu. A Europa será sempre mais do que o mercado comum e a União Europeia”, defendeu Stanley Johnson a horas da formalização da saída do Reino Unido do bloco europeu, mas considerou que “ter uma ligação com a União Europeia é importante”.
O primeiro-ministro, o eurocético Boris Johnson, que fez do Brexit o centro das suas políticas, mantém divergências com a sua própria família sobre a separação de Bruxelas.
O seu pai votou contra os Brexit e os seus irmãos, a jornalista Rachel Johnson e o também político Jo Johnson, manifestaram o desejo de que o Reino Unido continuasse a fazer parte da União Europeia.
O Reino Unido corta os laços com a União Europeia hoje às 23:00 (24:00 hora de Bruxelas), quase um ano depois de deixar oficialmente o bloco de 27 países na sequência de um referendo popular em 2016, deixando de ter acesso ao mercado único e de estar sujeito ao Tribunal Europeu de Justiça.
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