Em entrevista à RTP3, Azeredo Lopes esclareceu que o processo de averiguações aberto pelo Regimento de Engenharia 1 do Exército – o que tinha a responsabilidade pela segurança dos paióis na altura do furto – poderá determinar “eventuais responsabilidades disciplinares”.
O material militar que está atualmente nos PNT será transferido para as instalações militares de Santa Margarida, Santarém, e eventualmente para os paióis da Força Aérea e da Marinha, estes últimos, em Alcochete, com condições de segurança que obedecem aos padrões NATO, disse.
Quanto aos Paióis de Tancos, serão definitivamente encerrados pelas “dificuldades logísticas de garantir a segurança dos equipamentos”.
O ministro reiterou que “não sabia” da existência de qualquer risco de segurança nas instalações de Tancos e acusou o CDS-PP de procurar “instrumentalizar as Forças Armadas” ao pedir a demissão não só do ministro mas do chefe do Estado Maior do Exército.
Para Azeredo Lopes, “numa análise de boa-fé”, começa a ser “mais discutível a aceitação política desta exigência [a demissão do ministro da Defesa} a partir do momento em que o ministro demonstra que não sabia, não podia saber e que não tinha conhecimento prévio” de riscos de segurança nas instalações de Tancos.
“Havia um problema geral quanto a proteção e videovigilância”, disse.
O Exército divulgou no passado dia 29 de junho o furto de material de guerra dos paióis de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, com um valor estimado em 34.400 euros. Parte desse material estava obsoleto e indicado para abate desde 2012, disse Azeredo Lopes.
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