“Afirmamos que nem Israel nem nenhum dos países da região desfrutarão de segurança e paz sem que os palestinianos a desfrutem e recuperem todos os seus direitos saqueados”, pode ler-se num projeto de resolução final de uma cimeira que reuniu 57 países de maioria árabe em Riade.
O documento também responsabiliza Israel pela “continuidade do conflito e pelo seu agravamento” e considera a ocupação dos territórios palestinianos por Israel “uma ameaça à segurança e à estabilidade regional e internacional”.
À margem da cimeira, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que o grupo islamita Hamas impôs uma “nova realidade” à região, com o seu ataque a Israel, a 7 de outubro, “abrindo portas políticas que estavam fechadas há várias décadas”.
Bashar al-Assad afirmou ainda que esta oportunidade deve ser aproveitada para uma clarificação política pelos países da região, elogiando a coragem do movimento palestiniano.
“Com a nova realidade imposta pela corajosa resistência palestiniana na nossa região, temos estas ferramentas. Vamos aproveitá-las e aproveitar a transformação global que nos abriu portas políticas que estavam fechadas há décadas”, defendeu Al Assad, que participou na cimeira de países árabes.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 36.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 11 mil mortos, cerca de 28 mil feridos, cerca de 2500 desaparecidos, na maioria civis, e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo as autoridades locais.
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