“A gestão dos fluxos migratórios será um desafio fundamental para a UE nos próximos anos e os países do sul da UE estão particularmente preocupados”, salienta uma declaração da IV Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, que contou com a presença de Chipre, Espanha, França, Grécia, Itália, Malta e Portugal.
O documento refere que o “papel fundamental e o ónus da proteção” das fronteiras dos seus Estados, que são a fronteira a sul da Europa, deve ser “reconhecido e compartilhado pela UE”.
"A UE terá de intensificar a sua luta contra o tráfico de seres humanos e novas formas de escravidão, garantir os direitos humanos de todas as pessoas e proteger os que necessitam de proteção internacional, em particular os grupos mais vulneráveis", acrescenta.
Os sete países asseguraram que estão “firmemente comprometidos com uma política de migração comum" para evitar fluxos irregulares e massivos, comprometendo-se a abordar as causas do fenómeno, cooperando com os países de origem.
“Estamos determinados a fortalecer as nossas parcerias com esses países, particularmente em África", disseram, destacando os resultados da implementação do acordo entre a UE e a Turquia para reduzir a imigração através do Mar Egeu.
Dado o "sucesso na dimensão externa da imigração nos últimos meses", os líderes pediram o "continuar com o financiamento adequado" dos instrumentos comunitários para esse fim, como o Fundo Fiduciário da UE para a África.
Participaram na IV Cimeira dos Países do Sul da União Europeia o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, os primeiros-ministros de Itália, Paolo Gentiloni, de Malta, Joseph Muscat e da Grécia, Alexis Tsipras, bem como os Presidentes de Espanha, Mariano Rajoy, de França, Emmanuel Macron, e de Chipre, Nicos Anastasiades.
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