“É lamentável que não consigamos, ano após ano, ato após ato eleitoral, reduzir a abstenção. No entanto, estima-se que se consiga, ainda que timidamente, reduzir a abstenção, o que será sempre importante”, afirmou.

Inês de Sousa Real falava à entrada para o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde está instalado o quartel-general do PAN para a noite eleitoral e onde já se encontrava cerca de uma dezena de elementos do partido.

“Teremos que aguardar pelo resultado final para perceber em que patamar ficamos, mas não deixamos de estar muito aquém daquele que é um objetivo nacional, que é voltar a aproximar as pessoas da vida política e de decidirem sobre o seu próprio destino e o do país”, sublinhou.

A porta-voz do PAN realçou que o “pacote de iniciativas” do partido foi rejeitado no parlamento, referindo que as medidas visavam “garantir dois dias para a votação, um estudo sobre a possibilidade do voto eletrónico e mecanismos para a criação de mesas de proximidade”.

“Não faz sentido mantermos este nível de abstenção e não se ponderar a necessidade de uma revisão constitucional e mudarmos o sistema eleitoral para reaproximarmos as pessoas da vida política e daquilo que é o seu destino e o futuro do país”, disse.

Questionada sobre as expectativas para os resultados destas legislativas, Inês de Sousa Real apontou o objetivo de conseguir “representação e um grupo parlamentar” no parlamento, remetendo novas declarações para mais tarde.

“Vamos aguardar tranquilamente, porque é importante que se deixe que as mesas façam a sua contagem dos votos e se tenha uma perceção do que foi a vontade dos portugueses. Cá estaremos, seja qual for o resultado, para continuarmos a trabalhar em prol do país”, vincou.

Sousa Real acrescentou que “os portugueses sabem que contam com o PAN seja qual for o cenário que resulte desta noite” eleitoral.

“Temos a elevada responsabilidade de pensar naquilo que vai ser o futuro do país, não apenas em matéria governativa, mas também do combate à crise climática, à recuperação socioeconómica e à aplicação dos fundos europeus”, acrescentou.