Perante 15 mil pessoas, a maioria imigrantes na Suécia, o papa Francisco recordou, na homília, “não só aqueles que foram proclamados santos ao longo da história, mas também muitos dos nossos irmãos que viveram a sua vida cristã na plenitude da fé e amor no meio de uma existência simples e escondida”.
“À nossa Mãe do céu, rainha de todos os santos, confiamos as nossas intenções e o diálogo em busca da plena comunhão de todos os cristãos, para que sejamos abençoados nos nossos esforços e alcançarmos a santidade na unidade”, declarou o papa na missa, que marcou o final da sua deslocação à Suécia.
Salientou ainda a necessidade de unidade entre os cristãos: “Bem-aventurados são os que rezam e trabalham pela plena comunhão dos cristãos”.
“Agradeço a Deus por ter-me dado a oportunidade de vir a esta terra e encontrar-me com vocês, muitos dos quais oriundos de várias partes do mundo”, afirmou o papa, acrescentando: “Como católicos fazemos parte de uma grande família, sustentada pela mesma comunhão de viver a sua fé na oração, nos sacramentos e no serviço generoso prestado aos que necessitam e sofrem”.
O papa exortou ainda os católicos, que são pouco mais de um por cento na Suécia, “a agir, ao estilo de Jesus, e com grande respeito e solidariedade para com os irmãos e irmãs de outras igrejas e comunidades cristãs e com todos os pessoas de boa vontade”.
O papa Francisco chegou ontem à Suécia para participar na cerimónia conjunta entre luteranos e católicos organizada a Federação Luterana Mundial, por ocasião dos 500 anos da Reforma, um gesto considerado histórico no caminho da unidade e reconciliação após o cisma de Martinho Lutero.
Participaram na missa representantes da Federação Luterana Mundial e a arcebispa dos luteranos suecos, Antje Jackelen, a primeira mulher a ocupar este cargo, num novo gesto de reaproximação entre as duas Igrejas.
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