“O mundo inteiro teve de defrontar-se com o sofrimento causado pela perda de tantos entes queridos e pelo isolamento social. A emergência sanitária impediu também a vós jovens — por natureza projetados para o exterior — de sair para irdes à escola, à universidade, ao trabalho, para vos encontrardes… Vistes-vos em situações difíceis, que não estáveis acostumados a gerir”, reconhece o Papa na mensagem para a XXXVI Jornada Mundial da Juventude, que se celebra nas dioceses no Dia Mundial da Juventude, em 21 de novembro próximo.
Segundo Francisco, “aqueles que estavam menos preparados e desprovidos de apoio sentiram-se desorientados. Em muitos casos, surgiram problemas familiares, bem como desemprego, depressão, solidão e vícios; para não falar do stresse acumulado, das tensões e explosões de raiva, do aumento da violência”.
Porém, “este não é o único lado da moeda. Se a provação pôs a descoberto as nossas fragilidades, fez emergir também as nossas virtudes, nomeadamente a predisposição à solidariedade. Em toda a parte, vimos tantas pessoas, incluindo muitos jovens, a lutar pela vida, semear esperança, defender a liberdade e a justiça, ser artífices de paz e construtores de pontes”, acrescenta o Papa na mensagem hoje divulgada pelo Vaticano.
“Quando cai um jovem, de certo modo cai a humanidade. Mas também é verdade que, quando um jovem se levanta, é como se o mundo inteiro se levantasse. Queridos jovens, que grande potencialidade tendes nas vossas mãos! Que força trazeis nos vossos corações!”, escreve o Pontífice, renovando o convite para “a peregrinação espiritual que nos levará à celebração da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa no ano de 2023”.
“O próximo encontro, porém, é nas vossas Igrejas Particulares, nas várias dioceses e paroquias da terra, onde, na Solenidade de Cristo Rei, será celebrado — a nível local — o Dia Mundial da Juventude de 2021”, acrescenta.
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