“Queridos amigos, bom dia. E obrigado. Obrigado ao patriarca de Lisboa pelas suas palavras, a D. Américo Aguiar e a todos vós por terem trabalhado tanto e tão bem. Tornaram possível estes dias inesquecíveis. Trabalharam durante vários meses, de forma escondida, sem barulho e sem protagonismos, para que todos pudéssemos estar aqui a cantar juntos: ‘Jesus vive e não nos deixa sós: não mais deixaremos de amar'”.
“E não só por isto fostes exemplo; foste-o também porque vos unistes para trabalhar em grupo. Mais do que trabalho, o vosso foi um serviço. O serviço que fez “a Virgem Maria, que «se levantou e partiu apressadamente» (Lc 1, 39) para casa de Isabel, sentindo urgência de partilhar a alegria no serviço.”
"Vamos pensar em Zaqueu, “que desce apressadamente da árvore para encontrar Jesus e acolhê-Lo em sua casa (cf. Lc 19, 6); pensemos nas mulheres e nos discípulos que, na Páscoa, correm num vaivém do Cenáculo para o túmulo e vice-versa a fim de anunciar que Cristo ressuscitou (cf. Jo 20, 1-18)”.
“Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve e quem ama vai correr para servir, para se entregar nos serviço. E todos vós correram, correram bastante nestes meses”, afirmou Francisco.
“Todos vós fizeram possível este encontro mundial da juventude. Fizeram grandes coisas, mas com pequenos gestos, como a garrafa de água oferecida a um desconhecido e isso cria amizade”, afirmou o Papa.
E continua: “Correstes tanto, mas não numa corrida frenética e sem meta que às vezes carateriza o nosso mundo; esse tipo de corrida não leva ao encontro com os outros, para servir aos outros em nome de Jesus”.
Para o chefe da Igreja Católica, os voluntários também vieram a Lisboa “para servir e não para ser servidos. Obrigado, muito obrigado”.
“Como sabem muitos de vós, e soube também eu, existe a Norte de Lisboa uma localidade , a Nazaré, onde se podem admirar ondas que chegam até aos trinta metros de altura tornando-se uma atração mundial, especialmente para os surfistas que as desafiam”, começa por dizer.
“Nestes dias, também vós enfrentastes uma verdadeira onda, não de água, mas de jovens que afluíram a esta cidade. Mas, com a ajuda de Deus, com tanta generosidade e apoiando-vos mutuamente, conseguistes cavalgar esta onda grande”, afirmou, sendo muito aplaudido.
“Quero dizer-vos: continuai assim, continuai a cavalgar as ondas da caridade, sejam ‘surfistas do amor’! É como uma tarefa que vos encomendo neste momento. Que o serviço que fizeram na JMJ seja a primeira de tantas ondas boas; cada vez sereis levados mais alto, mais perto de Deus, e isto permitir-vos-á ver duma perspetiva melhor o vosso caminho”, finaliza.
Antes de sair do palco, o Papa Francisco pede ainda aos presentes para que continuem a rezar por si: “Bom caminho! E, por favor, continuai a rezar por mim.”
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