“Enquanto combatemos a pandemia do novo coronavírus, devemos levar por diante o compromisso de prevenir e tratar a malária que ameaça milhares de milhões de pessoas em numerosos países”, disse hoje o papa na oração do Angelus, lembrando que sábado, 25 de abril, foi o Dia Internacional da luta contra a Malária.
O papa argentino disse estar com “todos os doentes, com aqueles que cuidam deles e com aqueles que trabalham para que cada pessoa tenha acesso a bons serviços de saúde primários”.
Em 2017, cerca de 219 milhões de pessoas foram infetadas em todo o mundo, 435.000 morreram e mais de 90% das vítimas são africanas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estima-se que em 2018 a doença tenha causado mais de 400 mil mortes, 380 mil em África e 270 mil de crianças menores de cinco anos.
O último relatório anual da OMS, divulgado em dezembro passado, revela que seis países africanos concentravam quase metade das infeções no mundo: Nigéria (25%), República Democrática do Congo (12%), Uganda (5%), Costa do Marfim, Níger e Moçambique (4% cada).
Moçambique, com cerca de 29,5 milhões de habitantes, faz parte de um grupo de 11 Estados prioritários da iniciativa intitulada “De grande carga a grande impacto” com a qual a OMS visa acelerar os progressos no combate onde a doença se mantém endémica.
O balanço da malária na África subsaariana poderá aproximar-se dos 770.000 mortos este ano, ou seja, “duas vezes mais do que em 2018″, revelou a OMS no sábado, advertindo para que atinge em particular as crianças, ao contrário do acontece com novo coronavírus.
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