Carlos Ciuffardi e Paula Podest, de 41 e 39 anos, disseram o "sim" de forma pouco usual. "Dissemos-lhe que somos marido e mulher (no civil), que temos duas filhas e que gostaríamos de que ele nos desse uma bênção", disse o noivo à imprensa.

Francisco "perguntou-nos se éramos casados pela Igreja. Nós não pudemos casar na igreja porque no dia em que nos casaríamos aconteceu o terremoto (de magnitude 8,8) de (17 de fevereiro de) 2010", que sacudiu grande parte do país, explicou o comissário da Latam. O lugar da cerimónia ficou destruído.

"Bom, eu caso-vos. Querem que eu vos case? Têm certeza?", terá perguntado Francisco, segundo o relato do casal. O líder da igreja de Roma segurou as mãos dos dois e benzeu as alianças.

"Perguntou-nos se queríamos continuar juntos a vida toda", acrescentou Ciuffardi. "E dissemos que sim".

No fim da breve cerimónia, Carlos e Paula assinaram a ata de casamento escrita à mão numa folha de papel branca.

"No dia 18 de janeiro de 2018, no voo papal entre Santiago a Iquique, contraíram matrimónio o senhor Carlos Ciuffardi Elorriaga e a senhora Paula Podest Ruiz e foi presenciado pela testemunha Ignacio Cueto, sendo o santo padre, o papa Francisco, que tomou consentimento", informa a certidão.

O pontífice assinou com um simples "Francisco".

Diante das dúvidas sobre a validade do casamento, o Vaticano apressou-se a afastar as especulações: "foi uma grande surpresa e uma grande alegria, e tudo é válido, tudo é oficial e há um documento" firmado.

Para que um casamento seja reconhecido pela Igreja os noivos devem manifestar o seu consentimento diante de um padre - no caso o Papa - e de uma testemunha.

Segundo a imprensa chilena, Carlos e Paula planearam o casamento no ar ao pedir à Latam para trabalhar juntos no voo do Papa.

Sob os gritos de beijo, beijo, beijo dos jornalistas, Ciuffardi declarou: "não se pode fazer isto no trabalho". Ainda assim, acabou beijando a noiva.