No vídeo enviado para o evento, que se realiza virtualmente, o líder da Igreja Católica sublinhou que “a atual pandemia e as alterações climáticas – que têm não só relevância ambiental, mas também ética, social, económica e política – afetam, acima de tudo, a vida dos mais pobres e mais frágeis”.

Nesse sentido, o papa apelou a “um compromisso coletivo e solidário e uma cultura de cuidados, que coloquem a dignidade humana e o bem comum no centro” da ação, além de uma “estratégia para reduzir as emissões” no âmbito da “adoção de algumas medidas que não podem ser adiadas por mais tempo” para travar a crise ambiental.

Paralelamente, o pontífice garantiu o seu empenho na promoção da “educação para a ecologia integral” e encorajou a que “a produção sustentável seja favorecida também nos países de baixos rendimentos através da partilha de tecnologias avançadas apropriadas”.

De acordo com a agência Reuters, que cita um comunicado do Vaticano, a cidade-estado dará o exemplo comprometendo-se  a atingir a neutralidade nas emissões de carbono até 2050.

A Cimeira da Ambição Climática é uma organização conjunta das Nações Unidas, França e Reino Unido, que no próximo ano receberá em Glasgow a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, em que serão revistos os compromissos nacionais dos países signatários do Acordo de Paris.

O objetivo do acordo é conter o aquecimento global até ao fim do século, impedindo que ultrapasse os dois graus centígrados a mais em relação à era pré-industrial mas apontando para que, idealmente, se situe em 1,5 graus.