“Exorto toda a comunidade internacional a assumir um compromisso comum para superar os atrasos na sua distribuição e promover a sua distribuição, especialmente nos países mais pobres”, exclamou o pontífice na sua mensagem de Páscoa.

Depois de celebrar a Missa no Domingo da Ressurreição dentro da Basílica, e não da varanda da fachada de São Pedro como marca de tradição, porque toda a Itália está confinada nestes dias, o Papa rezou para que “o Senhor dê conforto e amparo ao cansaço dos médicos e enfermeiras ” e destacou que “todas as pessoas, principalmente as mais fragilizadas, necessitam de assistência e têm direito ao acesso aos tratamentos necessários “.

“Isso fica ainda mais evidente neste momento em que todos somos chamados para combater a pandemia e as vacinas são uma ferramenta essencial nessa luta”, afirmou.

Nesta segunda Páscoa, anómala pelas restrições, Francisco disse ainda que “a pandemia continua a todo vapor” e que a crise social e económica “é gravíssima, sobretudo para os mais pobres”.

O Papa considerou um escândalo que apesar da situação critica que o mundo vive por causa da pandemia não terem cessado os conflitos armados e de estarem a ser reforçados os arsenais militares.

“Este é o escândalo dos nossos dias”, disse acrescentando que “o Cristo ressuscitado é a esperança para todos aqueles que ainda sofrem por causa da pandemia, para os doentes e para aqueles que perderam um ente querido” assim como “para quem perdeu o emprego ou vive graves dificuldades económicas e carece de proteção social adequada”.

Na sua mensagem o pontífice argentino pediu que “o Senhor inspire a ação dos poderes públicos para que todos, especialmente as famílias mais necessitadas, recebam a ajuda essencial para um sustento adequado”.

Francisco lembrou que “infelizmente a pandemia aumentou dramaticamente o número de pobres e o desespero de milhares de pessoas” e pediu esperança “a tantos jovens que foram obrigados a passar longos períodos sem ir à escola ou à universidade, e sem poder compartilhar o tempo com os amigos”

“Todos nós precisamos experimentar relações humanas reais e não apenas virtuais, especialmente na idade em que o caráter e a personalidade são formados”, disse o Papa na sua referência aos jovens.

O Papa fez ainda uma menção aos “os emigrantes que fogem da guerra e da miséria” e pediu “que não faltem sinais concretos de solidariedade e fraternidade humana”.