A operação decorreu sem complicações e o Papa terá de estar vários dias internado.
O Vaticano informou hoje que a noite “correu bem” e que será transmitido um novo boletim médico durante o dia, depois de o médico que o operou, Sergio Alfieri, ter informado que a operação correu bem, que Francisco estava acordado e que tinha, inclusive, feito várias piadas.
Também os médicos italianos informaram, a partir do hospital, que a noite foi “tranquila” para o pontifice.
"A equipa médica que acompanha o pós-operatório do Papa informou que ele passou uma noite tranquila e conseguiu descansar durante muito tempo; está em boas condições, acordado e a respirar espontaneamente", lê-se numa nota do porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
Bruni acrescentou que "os controlos de rotina são bons e que, durante o dia, o Papa fará o necessário repouso pós-operatório".
"O Papa está a ser informado das mensagens de proximidade e afecto que chegaram nas últimas horas e expressa a sua gratidão, ao mesmo tempo que pede para continuarem a rezar por ele", conclui o comunicado.
O médico que o operou, Sergio Alfieri, que também liderou a equipa médica da operação ao cólon em julho de 2021, informou na quarta-feira, após a operação, que tudo tinha corrido bem, que Francisco estava acordado e que até tinha feito várias piadas.
Numa pequena conferência de imprensa no hospital Gemelli, Alfieri explicou que foi excluído qualquer outro tipo de patologia e que tanto a operação ao cólon como a atual são "benignas", não querendo especificar quantos dias o Papa terá de permanecer hospitalizado, pois tudo dependerá da sua evolução, tendo em conta que o pontífice tem 86 anos.
Geralmente, explicou, são necessários sete dias de hospitalização, mas é preciso ter em conta "que o Papa tem 86 anos, que já foi submetido a quatro cirurgias, que esteve recentemente hospitalizado por causa de uma infeção pulmonar".
"É evidente que vamos tomar todas as precauções", acrescentou.
Entretanto, o Vaticano cancelou todas as audiências e eventos do Papa até 18 de junho e as duas viagens a Lisboa, no início de agosto, para a Jornada Mundial da Juventude, e à Mongólia, no final do mesmo mês, continuam suspensas.
Alfieri garantiu também que o Papa "nunca teve qualquer problema com a anestesia geral", embora "ninguém goste de ser operado e de dormir, porque no momento em que adormecemos perdemos a consciência".
De recordar que o Papa Francisco esteve presente na audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano, mas entretanto dirigiu-se ao hospital para ser operado, com a intervenção a ser planeada nos últimos dias pela equipa médica que acompanha o pontífice.
"A operação, marcada nos últimos dias pela equipa médica que assiste o Santo Padre, tornou-se necessária devido a uma hérnia incisional encarcerada que está a causar síndromes sub-oclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. O internamento na unidade de saúde durará vários dias para permitir o curso pós-operatório normal e a plena recuperação funcional".
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