Numa intervenção no plenário da Assembleia Legislativa, o líder da bancada social-democrata, Jaime Filipe Ramos, salientou que a nova ligação vai permitir viagens a preços mais competitivos, o que é “importante para o turismo e a mobilidade dos residentes”.
Além disso, irá contribuir para colmatar o “abuso comercial da companhia dominante, a maior especuladora dos custos das viagens”, acrescentou, numa referência implícita à TAP.
Pelo JPP, Rafael Nunes considerou que a “atração de novas empresas e rotas” deverá ser sempre motivo de congratulação, realçando que “o sucesso das negociações” passou por “descontos nas taxas aeroportuárias” cujos contorno são ainda desconhecidos.
Rafael Nunes notou também que, “nas últimas 24 horas, foram cancelados quatro voos” da TAP, considerando que a situação transmite “uma má imagem” e revela “falta de ação governativa na implementação” de medidas para assegurar as operações.
O socialista Victor Freitas recordou que, em 2016, o atual secretário do Turismo da Madeira, Eduardo Jesus, afirmou que a região não ia “pagar milhões para ter a Ryanair”.
Ricardo Lume, o deputado único do PCP, aludiu à “liberalização” do espaço aéreo, que “foi um verdadeiro falhanço para a Madeira” e “um embuste”, lembrando que, em 2008, quatro companhias operavam na região (TAP, Portugália, Air Luxor e Sata), mas agora apenas três asseguram as ligações aéreas.
Para o deputado António Lopes da Fonseca, do CDS-PP, partido que integra a coligação do Governo da Madeira com o PSD, o início das operações da Ryanair “é uma excelente notícia para madeirenses e porto-santenses”.
A companhia irlandesa Raynair começou, na terça-feira, a operar na Madeira, estando previsto disponibilizar 355 mil lugares por ano, durante quatro anos, o que representa 22% da oferta de viagens aéreas para a região.
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