A declaração foi aprovada numa sessão do parlamento em que não estiveram presentes os deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), no Governo.
Os deputados presentes consideram que a Venezuela está em crise alimentar devido à escassez de mais de 90% de matéria-prima de que a indústria necessita, num país onde a inflação anual é de mais de 700%.
O debate foi aberto pelo deputado Carlos Paparoni, do Estado de Mérida (oeste do país), que afirmou que desde janeiro 27 menores “morreram de fome” na Venezuela, onde metade das crianças sofre de desnutrição, “três milhões de venezuelanos procuram diariamente alimentos no lixo e 80% [da população] passa fome”.
Por outro lado, o deputado Eliezer Srit insistiu na importância de abrir um canal humanitário para minimizar as “grandes necessidades” dos venezuelanos.
Os deputados decidiram enviar à Organização de Estados Americanos e à Organização das Nações Unidas (ONU) uma cópia da declaração de emergência alimentar no país.
Durante a sessão, os parlamentares chegaram ainda a um acordo para chamar à assembleia o ministro de Agricultura e Terras, Wilmar Castro Soteldo, e o coordenador do programa governamental Comités Locais de Abastecimento de Produção, Freddy Bernal.
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