Os eurodeputados aprovaram na sessão plenária que hoje termina resoluções sobre a Bielorrússia, a Rússia e o papel da Turquia no Mediterrâneo Oriental.

Na resolução sobre a Bielorrússia, aprovada com 574 votos a favor, 37 contra e 82 abstenções, o PE rejeita os resultados das “supostas eleições presidenciais” que se realizaram no país em 09 de agosto, uma vez que estas “decorreram em flagrante violação de todas as normas reconhecidas a nível internacional” e salienta que não reconhecerá Lukashenko como chefe de Estado quando o seu atual mandato terminar, em 05 de novembro.

Os eurodeputados apelam ao Conselho da União Europeia (UE) para que adote “sem demora “sanções amplas e eficazes” contra as pessoas responsáveis pela falsificação dos resultados eleitorais e pela repressão no país, incluindo o próprio Lukashenko, reiterando os apelos do povo bielorrusso para que se realizem, com a maior brevidade possível, novas eleições livres e justas.

Em relação à Rússia, o PE condenou, numa outra resolução, aprovada com 532 votos a favor, 84 contra e 72 abstenções, a tentativa de assassínio do opositor ao regime Alexei Navalny.

O PE solicita ao Conselho dos Negócios Estrangeiros que tome uma posição ativa nesta matéria na sua reunião de segunda-feira, exigindo que a UE estabeleça o mais rapidamente possível uma lista de medidas restritivas ambiciosas contra a Rússia e reforce as suas sanções contra o país.

O hemiciclo europeu tomou ainda uma posição de condenação das atividades ilegais da Turquia na plataforma continental/zona económica exclusiva da Grécia e de Chipre, “situações que violam os direitos soberanos de Estados-membros da UE”, e manifesta toda a sua solidariedade para com estes dois países.

Nesta resolução, aprovada com 601 votos a favor, 57 contra e 36 abstenções, os eurodeputados exortam a Turquia a pôr termo imediato a quaisquer atividades ilegais de prospeção e perfuração no Mediterrâneo Oriental, devendo abster-se de violar o espaço aéreo grego e as águas territoriais gregas e cipriotas e distanciar-se da “retórica bélica nacionalista”.

“Apenas podem ser evitadas sanções suplementares através do diálogo, da cooperação sincera e de progressos concretos no terreno”, diz o PE, exortando os 27 a estarem preparados para elaborar uma lista de novas medidas restritivas, na ausência de progressos significativos na interação com a Turquia.