Intitulada “Geradores de Esperança”, a campanha hoje lançada pela assembleia europeia em conjunto com a rede das mais de 200 maiores cidades da Europa, a Eurocities, visa “angariar geradores e transformadores de energia para a Ucrânia”, explicou em conferência de imprensa a líder do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

Lançada à margem da sessão plenária da instituição, na cidade francesa de Estrasburgo, a campanha é dirigida às cidades da UE para, “de forma muito prática e concreta, levar energia e água limpa aos hospitais e às pessoas e para garantir serviços diários”, elencou Roberta Metsola.

“Apelo a todas as cidades, vilas e regiões de toda a Europa para que se juntem à campanha”, exortou a responsável, pedindo também que os 705 eurodeputados se juntem à iniciativa.

Estes geradores ajudarão a manter em funcionamento instalações essenciais no país, fornecendo energia a hospitais, escolas, instalações de abastecimento de água, centros de assistência, abrigos, postes telefónicos, entre outros.

A iniciativa surge numa altura em que se estima que 10 milhões de ucranianos estejam sem luz, em resultado dos ataques da Rússia a infraestruturas civis críticas, tais como redes de transmissão de eletricidade.

“Este Parlamento [Europeu] e a União Europeia têm demonstrado uma solidariedade notável com a Ucrânia no plano humanitário, militar e financeiro. Agora precisam de apoio prático para os ucranianos poderem passar o inverno”, adiantou Roberta Metsola.

O anúncio surge no dia em que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que reconhece a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo, apresentada pelo grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (centro-direita).

Os eurodeputados aprovaram, na sessão plenária em Estrasburgo (França), uma resolução que denuncia como “atos de terror e crimes de guerra” os ataques de Moscovo à Ucrânia, nomeadamente a alvos e infraestruturas civis, informou a instituição em comunicado.

Assim, o Parlamento Europeu classifica a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo que “utiliza métodos de terrorismo”, apelando ainda à adoção de um nono pacote de sanções a Moscovo.

A resolução foi aprovada por 494 votos a favor, 58 contra e 44 abstenções.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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