No âmbito da deliberação do projeto de resolução do CDS-PP, em reunião plenária, os socialistas Constança Urbano de Sousa e Paulo Trigo Pereira votaram contra, enquanto os restantes deputados do grupo parlamentar do PS optaram pela abstenção.

Assim, a recomendação ao Governo foi aprovada com os votos favoráveis das bancadas parlamentares do CDS-PP, PSD, BE, PCP, PEV e PAN.

Na quinta-feira, a Assembleia da República apreciou uma petição para que seja ponderada a criação de uma nova esquadra da PSP na freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, ou que seja revertido o encerramento da que lá existiu. Em causa está o encerramento da única esquadra existente naquela freguesia, que tem cerca de 22 mil residentes.

A esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Praça de Espanha, localizada no Bairro Santos ao Rego (Avenida Santos Dumont), encerrou a 25 de dezembro de 2016.

Dias antes, a Câmara de Lisboa tinha informado que esta unidade iria mudar de instalações para o antigo edifício da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, que seria adaptado com pequenas intervenções.

Ainda antes do final do ano, a Junta de Freguesia das Avenidas Novas iniciou a recolha de assinaturas para a petição "Pela instalação de uma esquadra da PSP na área da freguesia de Avenidas Novas", já tendo em vista levar o assunto à apreciação da Assembleia da República.

A petição, com 7.910 assinaturas, deu entrada no parlamento a 5 de abril do ano passado.

O documento foi depois analisado na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que ouviu o primeiro peticionário, e antigo presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, Daniel Gonçalves.

Já em fevereiro deste ano, o ministro da Administração Interna respondeu ao pedido de informação endereçado pela comissão, esclarecendo que “o efetivo policial da 31.ª esquadra foi distribuído por outras subunidades policiais do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, nomeadamente a 21.ª esquadra, cuja área de intervenção abrange a área da freguesia das Avenidas Novas”.

“Com esta distribuição geográfica de efetivos, foi possível reforçar a segurança nesta zona da cidade, através de um aumento do efetivo policial, e incrementar a intervenção das várias valências da PSP, designadamente, o policiamento de proximidade e de visibilidade, garantindo uma resposta policial permanente”, acrescenta a pronúncia do Governo.