"Os incêndios florestais que há semanas assolam o Canadá, têm emitido para atmosfera quantidades significativas de gases e partículas que são transportados e dispersos pelos ventos", começa por explicar o IPMA.

Devido a "uma circulação ciclónica, associada a uma depressão centrada a noroeste dos Açores", ocorreu "o transporte a larga escala destes poluentes, principalmente monóxido de carbono, ao longo do Atlântico Norte, tendo chegado a região dos Açores na passada terça-feira, 13 de junho".

"Contudo, as concentrações destes poluentes são inferiores aos limites legais estabelecidos e, por isso, não deverão representar qualquer ameaça para a saúde humana", adianta o IPMA.

"Estes poluentes continuarão a ser transportados pela referida circulação, devendo chegar ao território da Península Ibérica a partir do próximo dia 18 de junho, mas em concentrações menores que nos Açores", é ainda apontado.

É também referido que, "no passado dia 8 de junho, o Instituto Norueguês de Investigação Ambiental e do Clima (NILU) confirmou a presença de partículas com origem nestes incêndios em amostras de ar recolhidas no anterior dia 7 de junho, no Observatório de Birkenes, a Sul da Noruega".

O IPMA vai continuar "a acompanhar esta situação e caso se justifique atualizará a informação".

O Canadá está a ser afetado por uma vaga de grandes incêndios florestais, sendo que 140 operacionais portugueses vão intervir na província do Quebeque.

O território canadiano é constituído por dez províncias e os fogos atingem sobretudo e Alberta, Saskatchewan, Nova Escócia e Quebeque.