Ao todo, de acordo com o levantamento feito pelo Portal360, para o PL foram 15,7 milhões de votos somados nas 5.569 cidades que foram a eleições.
O número total de votos do Partido dos Trabalhadores (PT), fundado em 1980, do Presidente do Brasil, Lula da Silva, foi de 8,9 milhões.
Quatro outros partidos de centro-direita superaram o partido de Lula: o Partido Social Democrático (PSD), com 14,5 milhões de votos; o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 14,4 milhões; a União Brasil, com 11,3 milhões; e o Progresistas (PP), com 9,9 milhões.
Estes partidos são conhecidos normalmente como centrão, um conjunto de partidos políticos predominantemente de direita que usa a sua força em bloco na defesa dos próprios interesses e que controlam frequentemente a maioria no Congresso brasileiro.
Apesar do aumento absoluto de votos ter crescido 236% em quatro anos, quando foram realizadas as últimas eleições municipais, o partido de Jair Bolsonaro ficou apenas em quinto lugar no número de prefeitos conquistados.
Juntos, os quatro partidos do centrão conquistaram 54% das cidades em disputa e ficaram os quatro nas primeiras quatro posições.
Em quinto, o PL conquistou 510, quando há quatro anos tinha conseguido apenas 340, sendo um dos partidos que mais cresceu. O partido de Bolsonaro é aquele que vai disputar mais cidades na segunda volta.
A lei eleitoral brasileira prevê a realização de uma segunda volta em cidades com mais de 200 mil eleitores e onde o candidato mais votado não consiga superar a metade dos votos válidos, excluindo votos em branco e nulos.
Nas cidades em que se registam estas circustâncias, a segunda volta será realizada no próximo dia 27.
Já o PT, de Lula da Silva, apesar de ter aumentado em 39% o número de presidentes de câmara, ficou apenas em nono lugar, vencendo a prefeitura em 252 municípios na primeira volta.
Na maior cidade da América Latina, São Paulo, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, candidatos apoiados pelo ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro e pelo chefe de Estado, Lula da Silva, vão disputar a segunda volta das eleições municipais a 27 de outubro.
Com uma população ligeiramente superior a Portugal, cerca de 30 mil votos separaram Ricardo Nunes, o atual prefeito de São Paulo, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), e Guilherme Boulos, deputado federal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), no final da primeira volta.
Em terceiro lugar, ficou o influenciador e ex-‘coach’ Pablo Marçal, que, sem o apoio de Bolsonaro, conseguiu dividir a extrema-direita na capital paulista.
Pablo Marçal conseguiu 28,14% dos votos, ficando muito próximo dos 29,06% de Guilherme Boulos e dos 29,49% do atual prefeito da cidade, quando estavam contados 99,52% dos votos, indicou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já decretou a realização da segunda volta.
Menos renhida foi a eleição na cidade do Rio de Janeiro, o segundo maior colégio eleitoral, com cinco milhões de eleitores, onde o atual presidente Eduardo Paes foi reeleito com 60,44%, conseguindo superar a marca dos 50% dos votos e resolver a eleição logo à primeira volta.
Eduardo Paes, do Partido Social Democrata (PSD), cumpriu dois mandatos consecutivos como prefeito do Rio de Janeiro (2009-2016) e voltou em 2020 ao cargo para o qual foi novamente reeleito este domingo.
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