A formação do novo Presidente, eleito em 7 de maio e que nunca garantiu nenhum deputado, deve conquistar entre 415 e 455 dos 577 lugares da Assembleia nacional juntamente com o seu aliado centrista François Bayrou, muito acima da maioria absoluta (289 eleitos), referem as sondagens realizadas após a primeira volta.
O REM, que também se situa no “centro político”, venceu a primeira volta das eleições legislativas em França, que decorreram em 11 de junho, com 32,32% dos votos.
Pelo contrário, o Partido Socialista (PSF) e Os Republicanos, as duas forças que tradicionalmente têm alternado no poder, devem registar um importante recuo da sua representação parlamentar após os resultados catastróficos do passado domingo.
Assim, na segunda posição surgiram Os Republicanos e aliados (direita), com 21,56% dos votos, num escrutínio assinalado por uma taxa de abstenção de 51,29%, a mais elevada em seis décadas de voto parlamentar.
A Frente Nacional de Marine Le Pen (extrema-direita) com 13,2%, garantiu a terceira posição, à frente da França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon (esquerda radical), com 11,2%.
O PSF, o partido de François Hollande e antecessor de Macron na Presidência, não foi além dos 9,51% dos votos com os seus aliados.
As projeções para a segunda volta indicam 20 a 30 deputados para o PSF e aliados, 70 a 110 para a aliança liderada por Os Republicanos, 8 a 18 lugares para a formação de Mélenchon e 1 a 5 deputados para a extrema-direita.
As restantes formações (5,4% na primeira volta) devem eleger entre sete a 12 parlamentares.
Caso se confirmem as projeções, o REM vai assegurar uma das maiores maiorias em França desde o final da II Guerra Mundial.
Macron necessita de uma sólida maioria caso pretende aplicar os seus planos de reforma das leis laborais e alterar o sistema de pensões e de benefícios aos desempregados.
Entre os seus candidatos ao parlamento incluem-se muitos estreantes nas lides políticas, de um ex-toureiro a um antigo piloto de caças, um matemático e um magistrado anticorrupção, e cujo argumento de campanha foi “deem uma oportunidade ao novo Presidente”.
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