“Devido à denúncia unilateral da Rodoviária de Lisboa, no final do mês de março deixarão de ser vendidos os seguintes passes combinados: Carris/ML/RL1 – 45,45 euros, Carris/ML/RL2 — 55,65 euros e Carris/ML/RL3 — 63,55 euros”, lê-se nas notas publicadas nas páginas da internet da Carris e do Metro.
Fonte da Carris e do Metro avançou à Lusa que, “até dia 25 de março, manter-se-ão em vigor as atuais condições” e, a partir de dia 26, “vão deixar de ser vendidos os passes combinados”.
No entanto, quem tem o passe combinado dos três operadores para o mês de março vai poder usá-lo até dia 31, acrescentou.
“Quem compre estes passes vai ter de encontrar outra solução mais adequada às suas necessidades”, frisou a mesma fonte, reiterando que a medida surge de uma decisão unilateral da Rodoviária de Lisboa, à qual o Metro e a Carris são “totalmente alheias”.
Na sua página de internet, a Rodoviária de Lisboa afirma que “o passe Trimodal – RL/Carris/Metro cessa a 31 de março, pelo que não se efetuarão vendas para o mês de abril”, adiantando que teve “a preocupação prévia de se assegurar de que existem alternativas práticas para os seus clientes”.
Desta forma, aquela empresa garante que os passes combinados ML/RL e Carris/RL “vão continuar a existir, bem como os intermodais”.
Segundo o ‘site’ da Rodoviária, os passageiros devem optar por um dos títulos de transporte disponíveis: passe combinado ML/RL, passe combinado Carris/RL ou passe intermodal (L1, L12, L123).
Os preços vão variar no combinado Metro/RL e Carris/RL entre os 45,10 euros (coroa 1) e 59 euros (coroa 123), enquanto o intermodal irá variar entre os 50,05 euros (coroa 1) e os 68,70 (coroa 123).
Numa reunião do Conselho Metropolitano, a 18 de janeiro, o primeiro secretário da Comissão Executiva, Demétrio Alves, anunciou que a Área Metropolitana de Lisboa, enquanto Autoridade Metropolitana de Transportes, recebeu da RL a informação de que tinha comunicado ao Metropolitano de Lisboa e à Carris “que deixa de ter títulos combinados com o Navegante”.
O Navegante permite a mobilidade em toda a cidade de Lisboa integrando os operadores Metro, Carris e CP.
“Isto quer dizer que todas as pessoas [utentes da RL] que queiram usar [um título de transporte] num determinado percurso da AML para vir a Lisboa e depois andar no Metro e na Carris com o mesmo título, vão ter de passar a comprar o passe Intermodal. Só que o passe Intermodal é mais caro do que o combinado que existia e, portanto, isto vai ter repercussão intensa nos utentes da rede de transportes”, realçou.
De acordo com a página da RL na internet, a empresa opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, servindo cerca de 400 mil habitantes e transportando 200 mil passageiros por dia.
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