"Este foi um dos mais partidários Governos de que tenho memória", afirmou Pedro Passos Coelho.
O líder do PSD, que falava na sessão de encerramento da Convenção Autárquica do PSD de Castelo Branco, disse que este primeiro ano de Governo socialista, "ficou muito aquém" das possibilidades do país.
"2016 deveria ter sido um ano com maior crescimento económico, maior geração de emprego e maior redução de divida do que foi. Em primeiro lugar porque a embalagem que vinha de trás assim o permitia", frisou.
O dirigente explicou também que o impulso que vinha do seu Governo, manifestou-se em 2016, ao contrário da "retórica vigente" do atual Governo.
"A nossa tendência de recuperação estava desenhada firmemente. Crescemos em terreno positivo ao longo de todo o ano de 2014 e tivemos um ano de 2015 em que o crescimento foi de 1,6%. O país beneficiava desse crescimento e também de condições ainda mais favoráveis, de uma política conduzida pelo Banco Central Europeu que tornou mais barato o financiamento ao Estado e à economia", disse.
Passos Coelho sublinhou que neste ano de governação socialista o país ficou materialmente pior em termos de dívida pública, que cresceu quando se tinha reduzido em 2015.
"Num país em que a divida pública é muito elevada, é importante não deixar que isso aconteça e este Governo tinha dito que tinha uma alternativa, que colocaria o país a crescer ainda mais do que no passado e a desendividar-se mais do que nós tínhamos conseguido. Fica o resultado: não só não crescemos mais do que no passado, como a nossa dívida aumentou e isso é negativo", sustentou.
Para o líder social-democrata, há uma inversão de papéis que resulta do facto de o Governo não estar preocupado com o longo prazo e com o futuro.
"Está apenas preocupado com o curto prazo e com as eleições autárquicas que ocorrem no próximo ano. Chega a ser escandaloso a forma como o Governo e a maioria, calendarizam medidas a pensar na demagogia e no populismo que querem fazer em vésperas de campanha eleitoral", afirmou.
Segundo Passos Coelho, o país está a desperdiçar oportunidades e por isso não está tão bem quanto devia.
"Não queremos voltar a governar o país nas condições desgraçadas em que o recebemos em 2011, mas não aceitamos que se venda gato por lebre. Se se está a crescer é bom, mas a crescer menos do que no ano passado porque é que haveríamos de estar melhor? Nós podemos estar melhor se a política for outra", concluiu.
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