“Devemos encontrar um canal de comunicação entre as duas partes para encontrar soluções para a libertação dos reféns, por um lado, e o cessar-fogo, por outro”, disse aos jornalistas, na abertura do ano letivo na Universidade Católica, o patriarca de Jerusalém, instituição eclesial que funciona como vicariato e abrange esta cidade e os territórios palestinianos, incluindo a Faixa de Gaza.
Em simultâneo, o Papa reiterou a sua preocupação com a situação atual na Terra Santa e nos povos que a habitam: “É muito grave sob todos os pontos de vista”, disse Francisco ao receber os membros do Studium Biblicum Franciscanum em audiência no Vaticano.
O líder católico revelou que comunica diariamente com a paróquia de Gaza: “Eles sofrem muito com esta situação. Esta situação é muito grave”, descreveu, pedindo orações “para que esta tragédia acabe”.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação aos ataques de 07 de outubro, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 24 mil pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população da Faixa de Gaza), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado numa grave crise humanitária.
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